AMAR O AMOR AMADO
 
No espaço tão paco da vida,
Veredas nem sempre viáveis,
Estradas não foram alcançadas,
Tempo e espaços instáveis,
Incompreensão a própria vida,
Encurta o prazo, a despedida,
Dos amores não tão amáveis.
 
Quando ambos são maleáveis,
O equilíbrio do corpo e da alma,
Traz harmonia e reconciliação,
Ameniza dores, nutre e acalma,
O espirito cresce e inflama,
Crepita uma intensa chama,
E no aconchego se instala.
 
A raiz do tronco não se abala,
Se as folhas regem a sombra,
Assim como o amor a vida,
Perfumosas flores de alambra.
No tenro clarão de um luar,
Os corpos vivem para amar,
O doce amor na eterna lombra.
 
Amar o amor amado a sombra,
Sobre as folhas desprotegidas,
Sob as arvores desta floresta,
Que semeia milhões de vidas,
Encontrar e viver a felicidade,
Sem a trava da vil falsidade,
Diria eu: missões cumpridas.
 
                   Rio, 18/07/2012
                Feitosa dos Santos