ÁGUA SALOBRA
 
Esta sangria de sal que escorre dos olhos,
No meu rosto revelando minha vida
Largada em muros do tempo
Que ninguém socorre.
Como se fosse uma alma esquecida
Na contramão e no contratempo.
Esta água salobra que chega a minha boca
Trazendo pensamentos tristes de outrora.
Revelados em filme preto e branco
Cenas de tua despedida sem demora.
Esta sangria de sal que deságua
Em dias e noites
Como rio corrente
Desatinado pra frente
Nos ventos e açoites.
Esta água que mina, salobra e fria.
Desgastando minha imagem
Distorcendo minha alma
Revelando a luz do dia.
Esta água salobra que corroeu minha alma
Deixando meu corpo submerso
Não fez isto sozinha.
Seus olhos foram causadores e perversos
Quando me fez sentir um amor imenso
Acreditando na paixão que avizinha
Embalsamando minha alma solitária
Que errante e inconstante andava sozinha.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 16/07/2012
Código do texto: T3781741
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