Do tempo e dos tempos

E o tempo brinca comigo sempre

Estático, corre numa direção sem volta

E venda meus olhos quando se move

Se move? Acho que sim

Que se vá o tempo e sua frieza!

Que está em mim e não se mostra

Molda minhas ações, pensamentos

me faz refém de mim mesmo

Orquestra minha vida em silêncio

Insipido, caçoa de minha fome pela verdade

Responsável por expectativas, anseios, frustrações, arrependimentos

O berço da loucura é o tempo

Que me arrasta, me abraça e me escarra

Somando meu passado e devorando meu futuro

A maior distância entre a alma e o entendimento

Em caminhos que se cruzam perdidos na mesma estrada

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 26/06/2012
Código do texto: T3745948
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