Do tempo e dos tempos
E o tempo brinca comigo sempre
Estático, corre numa direção sem volta
E venda meus olhos quando se move
Se move? Acho que sim
Que se vá o tempo e sua frieza!
Que está em mim e não se mostra
Molda minhas ações, pensamentos
me faz refém de mim mesmo
Orquestra minha vida em silêncio
Insipido, caçoa de minha fome pela verdade
Responsável por expectativas, anseios, frustrações, arrependimentos
O berço da loucura é o tempo
Que me arrasta, me abraça e me escarra
Somando meu passado e devorando meu futuro
A maior distância entre a alma e o entendimento
Em caminhos que se cruzam perdidos na mesma estrada