Tu II
És meu riso de alegria,
És horizontes distantes,
Meus grilos incessantes
Nas sendas de cada dia.
Da noite o sono profundo,
A aurora na madrugada,
A meia valta assanhada
Da volta e meia do mundo.
Verso ainda não feito,
Sopro do vento na mata,
A saudade que maltrata,
Colada dentro do peito.
Clarão no quarto sombrio,
O medo de alma penada,
O raio na trovoada,
Calor das noites de estio.
És meu sonho aconchegante,
A barca descendo o rio,
Conjecturas abundantes,
Da tormenta ao desafio,
Medo do medo medonho,
Braço do abraço sincero,
Tortura que mais quero
E sabor de meus sonhos.