Que não se torne comum

Sem saber a direção a ser tomada

Sem saber do que deriva a angústia

São apenas horizontes que se escondem

E a culpa se torna refém de si mesma

Sonhos que se esfarelam em incertezas

Caminhos tortuosos, sem partida e sem destino

E o tempo ferve sempre, e sempre

Nos passos que fogem da direção, nos olhos que se fazem cegos

Onde o temor sempre está por perto

Não se mostra, apenas se faz

Num sopro gelado aos ouvidos

No saber ou não saber se encontro o que procuro

Muitos são os sentidos que não conduzem a sentido algum

A força do desejo segue, turva e sem razão

Só mais um dia replicando o outro

Sentado na varanda admirando um horizonte fechado

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 11/06/2012
Código do texto: T3717666
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