De tudo que é

E tudo se assemelha num fluxo constante

A distância não se difere da proximidade

Mundos entrelaçados por fios de seda

Num conflito eterno a vida tenta ser

E é por não ser, e não é por não ser

Luta para relembrar o que era enquanto ideia

E os dias correm sendo um só

O tempo se arrasta a esmo

Figuras temporais ditam realidades perecíveis

E o ciclo transcende as eras

Os mesmos heróis, pelas mesmas causas

Com os mesmos fins

O homem emerge da alma querendo saber o que é

E mal sabe que como tudo, é o mesmo que tudo

Busca sabendo o que já sabe e nunca irá saber

Corre demasiadamente, vendado por sua própria existência

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 11/05/2012
Código do texto: T3662695
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