De tudo que é
E tudo se assemelha num fluxo constante
A distância não se difere da proximidade
Mundos entrelaçados por fios de seda
Num conflito eterno a vida tenta ser
E é por não ser, e não é por não ser
Luta para relembrar o que era enquanto ideia
E os dias correm sendo um só
O tempo se arrasta a esmo
Figuras temporais ditam realidades perecíveis
E o ciclo transcende as eras
Os mesmos heróis, pelas mesmas causas
Com os mesmos fins
O homem emerge da alma querendo saber o que é
E mal sabe que como tudo, é o mesmo que tudo
Busca sabendo o que já sabe e nunca irá saber
Corre demasiadamente, vendado por sua própria existência