Bruna Rosa Campos
BRUNA ROSA CAMPOS (17/05/04)
O vento forte deu lugar à brisa suave de maio
Entrando pela janela do meu quarto levou as mágoas consigo
Eram hóspedes Impertinentes que moravam num indivíduo desolado
Com seus medos nos cantos do seu próprio abrigo.
O vento forte deu lugar à brisa de maio
E fez-me enxergar além das montanhas e temporais
Furiosos que impedíam-me de avistar o paraíso
Tão desejado por aqueles que querem amar sem olhar para trás.
O vento forte deu lugar à brisa suave de maio
E clareou todas as tardes cinzentas que eu colecionava
Em tempos de amores demasiadamente precários
E palavras inúteis que alguém desnecessariamente me falava.
O vento forte deu lugar à brisa suave de maio
E aliviou para sempre meus dolorosos e excessivos prantos
E na manhãs ensolaradas em meu leito sujo e antigo
A essa brisa darei o nome de Bruna Rosa Campos.
Alexsandro Menegueli Ferreira