Versos secos

Os olhos deslizam por inúmeras faces

Distantes do toque, presentes no desejo

Avulso em cantos e peculiaridades

Estímulos vazios escorrem pelo ralo

Vozes entrelaçadas alimentando o nada

Gritos de escória exaltando a futilidade

A alma se encontra longe do fascínio

O corpo embolora em pútridos propósitos

O conforto da sensação

Denunciado pela percepção

Queimam horizontes enganadores

E a fuga presencial continua

Secando a garganta, rasgando o peito

Conceitos dilacerados no ápice da loucura

Permeiam por pontos abertos

Em versos secos pro vento carregar

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 11/04/2012
Código do texto: T3605965
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