A VOZ DO VENTO
(do livro Às Portas da Noite, 2003, Ed. Blocos)
(do livro Às Portas da Noite, 2003, Ed. Blocos)
© Dalva Agne Lynch
Cala-te, razão! tu não entendes
A voz da alma.
Tiraste-lhe os gestos
O abraço, a calma
O perder-se abençoado
No desvario...
Tiveste medo do frio
Do teu ser vento, inquieto
Imprevisivel, fugaz?
Ah, faltou-te, razão voraz
Atirar-te no turbilhão!
E por medo do aguilhão
Das lágrimas, da dor
Do vendaval do ser-se
Que não tem nexo
Perdeste o amplexo
Do Infinito...
Razão, não penses mais.
Entrega tua paz
Cala-te, razão! tu não entendes
A voz da alma.
Tiraste-lhe os gestos
O abraço, a calma
O perder-se abençoado
No desvario...
Tiveste medo do frio
Do teu ser vento, inquieto
Imprevisivel, fugaz?
Ah, faltou-te, razão voraz
Atirar-te no turbilhão!
E por medo do aguilhão
Das lágrimas, da dor
Do vendaval do ser-se
Que não tem nexo
Perdeste o amplexo
Do Infinito...
Razão, não penses mais.
Entrega tua paz
à voz do vento...