O que resta?
Nesta noite de insônia
Os pensamentos vagueiam pelo consciente
E a agonia se faz presente
Virando-se de um lado ao outro da cama.
Já não basta o incessante desconforto
De um calor intenso,
Que faz suar frio o pobre detento.
E imerso a essas lembranças
Que o faz de prisioneiro
Existe um quê de esperança
Dentro do caloroso peito.
Aquela exuberante voz
Que lhe cantou poesias
E ofereceu-lhe requinte amor
Mostrou-se despercebida
Logo, desaprovou.
Agora o que persiste
Nesta hora desiludida
Representa bem mais sentida
Este amor ferido.
E o que resta – só despedida –
O fim deste amor.