O que resta?

Nesta noite de insônia

Os pensamentos vagueiam pelo consciente

E a agonia se faz presente

Virando-se de um lado ao outro da cama.

Já não basta o incessante desconforto

De um calor intenso,

Que faz suar frio o pobre detento.

E imerso a essas lembranças

Que o faz de prisioneiro

Existe um quê de esperança

Dentro do caloroso peito.

Aquela exuberante voz

Que lhe cantou poesias

E ofereceu-lhe requinte amor

Mostrou-se despercebida

Logo, desaprovou.

Agora o que persiste

Nesta hora desiludida

Representa bem mais sentida

Este amor ferido.

E o que resta – só despedida –

O fim deste amor.

Yuri de Oliveira
Enviado por Yuri de Oliveira em 11/03/2012
Código do texto: T3548985
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