MEU FADO
Quedo-me a ouvir fados
Nesse belo cair da tarde.
Ao sol de intensos raios,
Uma saudade me invade,
De ti e dos teus beijos.
A música que me invade a alma,
A dor indistinta amortece,
Trazendo-me um pouco de calma,
Um leve consolo agridoce
Para o quê no peito é chama.
Chama, a chamar teu nome,
A ecoar aos quatro ventos,
Feito a amendoeira que geme,
Sob o vento nos seus galhos,
O desejo que me consome.
E o fado leva o dia,
Sons que enchem a casa.
Um café com gosto de alegria,
Um pão que sabe à tristeza,
Diante da janela vazia.
- por JL Semeador, em 0/03/2012, a ouvir fados, na tarde quente do verão carioca –
http://www.youtube.com/watch?v=dytb2wv9d4Q