O que em ti eu beijaria!

Encontrei-me com risinhos

Pelos cantos dos pensamentos

A reler uma poesia.

Tinha talvez a malicia de um ancião

Ou a fragrância juvenil da puberdade

O que em ti eu beijaria!

Tão singela e desnuda de pudor

Que me garante afirmar

O prazer mora dentro da mente

Viaja pelo pensamento

Inventa, imagina, desenha.

E se atreve a sair da imaginação

E passar para o papel.

Quanto tempo imaginando

Poder-se-ia ou não escrever.

Mas enfim escreve

Enfim transborda a pagina

Com um desejo imaginário

De como seria belo

De como seria mágico

Se tudo assim realizasse.

Mas eu garanto, sou poeta

Poeta não perdoa.

Não tem nada de normal

Também não tem nada de anormal.

Segue a brisa, vigia o sol e a lua

Esperando o momento de flagrar

Um sopro, uma labareda, um raio,

Qualquer coisinha que traga a mente

A inspiração divina de pensar.

Tu fizeste isso ao escrever,

O que em ti eu beijaria!

MARGARYDA BRITO
Enviado por MARGARYDA BRITO em 29/02/2012
Código do texto: T3528153
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.