O que em ti eu beijaria!
Encontrei-me com risinhos
Pelos cantos dos pensamentos
A reler uma poesia.
Tinha talvez a malicia de um ancião
Ou a fragrância juvenil da puberdade
O que em ti eu beijaria!
Tão singela e desnuda de pudor
Que me garante afirmar
O prazer mora dentro da mente
Viaja pelo pensamento
Inventa, imagina, desenha.
E se atreve a sair da imaginação
E passar para o papel.
Quanto tempo imaginando
Poder-se-ia ou não escrever.
Mas enfim escreve
Enfim transborda a pagina
Com um desejo imaginário
De como seria belo
De como seria mágico
Se tudo assim realizasse.
Mas eu garanto, sou poeta
Poeta não perdoa.
Não tem nada de normal
Também não tem nada de anormal.
Segue a brisa, vigia o sol e a lua
Esperando o momento de flagrar
Um sopro, uma labareda, um raio,
Qualquer coisinha que traga a mente
A inspiração divina de pensar.
Tu fizeste isso ao escrever,
O que em ti eu beijaria!