Alma solitária
Mais uma dança para o corpo sobre a relva
Mais um olhar para os horizontes que não chegaram
Mais um suspiro clemente
Mais um pulsar por outra mentira
Sonhos enterrados por pegadas na areia
Estrelas caindo numa noite vazia
Contemplam a essência do ermo da alma
Embriagado por teus deuses que roubaram minha inocência
Navego pela urca que me arrebata a fundos mares
Abraços lutuosos a zombar de minha solidão
Olhares famintos a dominar meu consciente
Me entrego
A vida se vai, tênue e oprimida
Canções proibidas já me fogem os ouvidos
Não posso mais dançar sobre lírios e desejos
Agora me afundo no berço do silêncio, para nunca mais