Alma solitária

Mais uma dança para o corpo sobre a relva

Mais um olhar para os horizontes que não chegaram

Mais um suspiro clemente

Mais um pulsar por outra mentira

Sonhos enterrados por pegadas na areia

Estrelas caindo numa noite vazia

Contemplam a essência do ermo da alma

Embriagado por teus deuses que roubaram minha inocência

Navego pela urca que me arrebata a fundos mares

Abraços lutuosos a zombar de minha solidão

Olhares famintos a dominar meu consciente

Me entrego

A vida se vai, tênue e oprimida

Canções proibidas já me fogem os ouvidos

Não posso mais dançar sobre lírios e desejos

Agora me afundo no berço do silêncio, para nunca mais

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 23/01/2012
Código do texto: T3457532
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