O amor é aos olhos...
O amor, ao ver de uma criança,
É o momento antes de andar de bicicleta.
Quando tudo se alinha no universo:
O vento sopra do lado certo,
O suor cai em ritmo ordenado,
O coração acelera e
De repente, está andando.
Ao ver de um adolescente,
Amor é o primeiro beijo.
Quando tudo se alinha no de-dentro:
O som toca ordenadamente,
O álcool baixa e quase some,
As palavras saem em ritmo e
De repente, está beijando.
Amor, ao ver de um adulto,
É o momento do casamento.
Quando tudo se alinha na vida:
Os passos marcados,
Os encontros novos e antigos,
Os velhos momentos e
De repente, está vivendo.
Ao ver de um velho, já amadurecido,
O amor é o momento da morte.
Quando tudo se realinha no universo:
O coração desacelera,
A paz toma conta,
O suor cai desorganizado e
De repente, está morto.
O amor é grande. Diferente, aos olhos.
Aos meus olhos?
Amor é um corredor escuro e com terra.
Quando dois olhares miram para o mesmo lugar:
Uma camisa no chão,
Um beijo, um abraço e um toque.
Poucas estrelas, mas, a mais importante,
Está ali. Promessas, palavras que, sabemos,
Têm um fundo enorme de verdade.
De repente, à noite vai seguindo,
As horas passam em um segundo,
Os beijos são beijados,
Os toques são tocados,
Os abraços são abraçados.
Nós? Nós nos amamos.
De repente, eu quis ficar.
Você, de repente, ficou comigo.
Nota: este poema é dedicado a alguém, mas, seu nome, não direi. Apenas direi que o meu raio de sol entenderá.