****QUANTO TEMPO****

Quanto tempo faz?

Que não me resguarda a sagaz opulência?

E que outro clamor poderei fazer , senão esse de clemência?

Que sonho adentrará em mim , e depois eclodirá em risos?

Que utopia trágica se converterá aos teus pecados?

Que veia desistirá de levar consigo o meu sangue?

Quanto tempo faz que o timbre da sua voz não me cala?

Quanto tempo faz que o brilho do teu olhar não me atravessa?

E poderei dizer então , que houve desistência do amor?

E poderei tentar suprir as alegrias , que em ti desmoronou?

Quanto tempo faz?

Quantos sonhos tivemos?

E essa esperança de novo se refaz...

Embora não nos resta nada mais...

Nada mais...

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 12/12/2011
Reeditado em 17/12/2011
Código do texto: T3385258
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