A PARTIDA
 
O trem se aproxima vagarosamente
Entre meio majestosos pés de ipês
Uns com lindas flores brancas
Outras amarelas
Minha partida parece inevitável
Um grande roteiro estava presente
Tudo era guardado em minha mente
Como lembranças paralelas
Aquelas que nunca queremos
Mas por algum motivo acontece
Senti tua presença em minha alma
Como quem não quer que vá
Teu perfume meio doce invade o ar
Tua presença parece ser certa
Aguardo teu toque, teu abraço.
Como um convite provável
O trem para e a porta se abre
Como um convite evitável
Evito olhar para o lado
Como quem quer atalhar a despedida
Não olho para trás para não retroceder
Não te deixar convencida
Por um instante não sei me proceder
Aguardando tua voz, tua investida
Nada acontece nada evita minha partida
O trem começa seu roteiro me deixando aflito
O apito de aviso prende minha respiração
Não queria ter ido, não queria ter dito
Tantas palavras duras com emoção
Subestimei tuas lagrimas derramadas
Teus lamentos e pedidos de perdão
Agora engulo meu choro, meu orgulho.
Com tanta dor invadindo meu coração.
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 23/11/2011
Reeditado em 19/12/2011
Código do texto: T3351672
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