O Epicentro de Mim

"Será esse o extremo do amor?

O excesso insano de mútuas expectativas?!"

 

Desconheço o epicentro da tempestade,

mas a turbulência trazida pela incerteza

do meu momento interior.

Não sei se os ventos que uivam no meu coração,

podem ser capazes de destruir a nós.

Ignoro as causas dessa melancolia,desses

pensamentos trágicos e desconexos, mas sei

que aqui e agora sou todo tristeza e desesperança.

Fui capaz de tudo, te dei o melhor de mim,

fiz de tudo por ti, foste tudo para mim.

Mas tens sido incapaz de entender minhas fraquezas,

tolerar os meus defeitos.

E eu? Talvez também não tenha sabido tolerar os teus.

E o equilíbrio que só amor nos traz,

onde está ele agora?

Será que temos nos exigido além da conta?

Que temos nos cobrado o que não poderíamos

dar?

Hoje, aqui e agora, ainda não posso dizer que para mim

não és mais nada, pois ainda a amo,

não sei se como antes, mas a amo.

Com um sentimento quiçá diverso daquele que tinha,

que o tempo, nossas coisas e a nossa rotina desgastou,

mas sei que a amo, com outros olhos, mais realistas,

menos fantasiosos,mas a amo.

Ainda me faz feliz pensar em nós dois,

me faz feliz, igualmente, tentar te abraçar e te beijar,

muito embora tenha em retribuição a tua já escassa

receptividade.

Não me importa isso, ainda não.

Até quando? Não sei.

Não sabemos.

Não existe amor doentio, existe apenas amor,

e uma vez doente, não será o amor.

Será esse o extremo do amor?

O excesso insano de mútuas expectativas?!

Webmar
Enviado por Webmar em 09/11/2011
Código do texto: T3325869
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.