Tempo do amor

Irrigado meu corpo,
um jardim nasce
ao soprar do setembro.
 
Às dálias, rosas e jasmins,
bafo da noite orvalhada...
 
Ouço sopro de gelo
entre vida e morte
e beijo sozinha.
 
A rainha tira a roupa,
fragrante... exuberante...

 
As dores farfalhudas
soltam as raízes e voam
até abrandar a fúria.
 
Carrego as eras do tempo
nas rugas do corpo...

Mas...

 
Da madrugada sem fôlego
ao esboço do dia,
és Primavera em mim.

 
 
Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2011 – 5h33



 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 02/11/2011
Reeditado em 26/08/2021
Código do texto: T3313759
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.