O que talvez nunca saiba dizer...
Você me pede um poema
E eu fico comovido
Com o seu olhar
E agora com o pensamento
Revolvido
Gostaria de um poema te mostrar
Mas que não fosse um poema
Assim conjeturado
Eu queria mesmo escrever
Um poema de verdade
Apenas para te satisfazer...
Mas a poesia não me vem assim
Minha inspiração
Não é empacotada...
Eu quando penso,
“Vou escrever um poema”
Geralmente não sai nada...
Mas esse teu olhar enigmático
Chama-me muito a atenção,
Talvez ele carregue amor,
Talvez ele carregue solidão,
Eu não sei dizer...
Vou ficar te devendo o poema
Que um dia vai vim a mim
Sem que eu force
Sem que você peça,
Uma poema que talvez não tenha fim...
Sim, alguns poemas não têm fim,
São como o amor
Que cabe no coração da gente
Mas sabemos que se não estivesse no coração,
Esse órgão que é maior que um continente,
Preencheria do espaço toda solidão...
Ah, quem me dera agora
Poder te dizer o que desejas ouvir!
Quem me dera pudesse saber
O que se revolve em ti!
Talvez meu coração despertasse
E eu conseguiria aqui escrever
O que no momento não sei dizer...
O que talvez nunca saiba dizer...