Paixão
Sou a paixão contida
Guardada a esperar
O dia enternecido
Em que eu possa declarar
Essa paixão retraída
Que vive em meu peito a chorar
Sou aquela que se perdeu
Nas circunstâncias dos abismos
Que atirou pedra na sorte
Sem noção de algum perigo
Tu és o meu entardecer
Eu, a ternura do luar
Sou o seu bem querer
Eternamente a te amar
És a calma do meu céu
A vastidão do meu infinito
Da pureza, eu sou o véu
Do eco, o meu próprio grito
Me sacio do teu mel
No teu sorriso mais bonito
Kainha Brito