DOCES AMARGURAS
O sonho de viver a plenitude do amor
já não é mais coisa de alucinação.
O delírio, através do tempo,
me fez crer ainda da tua existência.
Loucamente, balbuciei o teu nome.
Mas ele foi escrito e apagado em giz.
Restou aquele pó branco, arredio de ventos,
a amantar lembranças indecorosas.
O dourado do mel desfez-se em botijas
de fundo falso.
O amargor das horas vingou-se das
desditas verdades.
A aspereza da espera tomou conta
do meu ser, como ervas daninhas
sucumbem gramados de verde tinta.
A sutileza de raros momentos felizes
evanesceu com a certeza de volta.
Chove forte agora...temporal em meu viver.