DOCES AMARGURAS

O sonho de viver a plenitude do amor

já não é mais coisa de alucinação.

O delírio, através do tempo,

me fez crer ainda da tua existência.

Loucamente, balbuciei o teu nome.

Mas ele foi escrito e apagado em giz.

Restou aquele pó branco, arredio de ventos,

a amantar lembranças indecorosas.

O dourado do mel desfez-se em botijas

de fundo falso.

O amargor das horas vingou-se das

desditas verdades.

A aspereza da espera tomou conta

do meu ser, como ervas daninhas

sucumbem gramados de verde tinta.

A sutileza de raros momentos felizes

evanesceu com a certeza de volta.

Chove forte agora...temporal em meu viver.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 03/09/2011
Código do texto: T3199166
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