Além do tempo

Enquanto houver um sopro de vida em meus pulmões

Continuarei a escrever.

Mesmo que ninguém o leia,

Mesmo que a própria sorte o tenha deixado

Em prateleiras velhas, esquecidas pelo tempo.

Enquanto houver força em meus punhos escreverei,

Sobre o amor, esperança, ódio e dor.

E quando ninguém mais lembrar eu viverei eternamente

Por meio de minhas palavras, sonhos e fantasias.

Meus gritos serão lidos, compreendidos e desentendidos

Do mais simples ao mais louco leitor,

E assim dia a dia eu renascerei,

Em cada pagina folhada, em cada linha lida, em cada simples verso cantado.

Pois não o faço pela fama, dinheiro ou glamour,

Faço pela paixão, pelo desejo de ver criar forma, ganhar cores a minha imaginação.

Somos mensageiros de mundos perdidos, muitas vezes sem valor,

Somos amantes, por vezes receosos criadores,

Vivemos em um mundo diferente, somos poetas, mentirosos, loucos apaixonados,

Somos e na verdade sempre seremos escritores.