VENTO IMPERTINENTE



 
 
Oh!  Penumbra boba, Sem graça.
Como a brisa fria que passa,
Querendo só fazer pirraça,
A este poeta sonhador.
 
Oh! lua fosca e tão vadia.
Insensata noite alcoviteira.
Que com o vento simplesmente
Traz essa chuva molhadeira.
 
Caro vento Impertinente.
Não seja tão inconseqüente,
Volte aqui rapidamente.
Sem trazer descontentamento.
 
Bendito sejas tu oh! vento
Se atender este poeta
Escravo, sonhador, dolente.
Carente d’um amor somente..