Enfim

Quero tuas maçãs

Todas as manhãs

Ver tocar-me a fronte.

Num movimento sutil

Toda a raiva sumiu:

Foi voando ao horizonte.

Quero-te a boca macia,

“Beije-me!”, ela dizia

Sob o lábio inferior.

Uma marca tam singela...

Ah! E como és bela:

Tua boca, teu palor.

Ah! Quero tê-la!

Quero dizê-la

O quanto és apaixonante!

E creio não me lembrar

Do tempo que vi passar

Quando a vi ali distante.

Tu és do vale um belo lírio,

Aos olhos um colírio,

A cura ao ser doentio!

Peço-te: vamos à tarde

Beijar-nos sem alarde

Sob o clarão do céu anil!

Vi-te hoje num sorriso.

Deus! O que foi isso?

Delirei ao ver-te assim!

Ó beleza plena

Tua fronte é tam serena:

Vamos: Beije-me enfim!

Phillip Oak
Enviado por Phillip Oak em 23/08/2011
Código do texto: T3178011
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