O despertar desta minha amizade
Não é só um ardor, não é engano
Desperta minha alma, sensibilidade
Um grande desafio, não é profano.
 
O despertar deste ingênuo amor
Não releva nossos corpos iguais
Não afronta religião, meu criador
Não institui subversões desiguais.
 
O despertar deste meu desejo
Não deriva de um amplo letargo
É o amor que quero que prevejo
Traz o doce do mel, não é amargo.
 
O despertar desta minha paixão
Não é algo versado, que domo
É uma dor incontrolável e cruel
Se não explicar, se não assumo.
 
O despertar desta minha visão
Não é o pecado letífico e abjeto
São dois corpos iguais em fusão
Como corpos desiguais em afeto.
 
O despertar deste longo devaneio
Não é evidenciar para o mundo
Uma aberração, a culpa que veio
É provar que amar é profundo.
 
Não importa o sexo dos anjos
O desejo no olhar dos eunucos
A superioridade dos arcanjos
A lubricidade dos vates malucos.
                                                
 
  Solicitação de uma leitora.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 23/08/2011
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