No colo de Sherazad

A névoa se desfaz diante de meus olhos

Deparo-me com a realidade

Meu sorriso se esconde num rosto penoso

Meu olhar se perde no firmamento

No alto dos montes me vejo próximo aos céus

De forma leviana encontro-me na teia do abandono

Preces em vão são deferidas em meu nome

Zombo do destino que ceifa minha existência

Mil e uma paixões escorrem de teus lábios

Tuas palavras deslumbram a morte

Agora serva de tua persuasão

Tuas histórias nutrem minha alma

Em teu abrigo a vida se faz eterna

Em tua carícia está a imortalidade

Em tuas noites reina o desejo

Teu silêncio anuncia meu fim

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 22/08/2011
Código do texto: T3176006
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