No colo de Sherazad
A névoa se desfaz diante de meus olhos
Deparo-me com a realidade
Meu sorriso se esconde num rosto penoso
Meu olhar se perde no firmamento
No alto dos montes me vejo próximo aos céus
De forma leviana encontro-me na teia do abandono
Preces em vão são deferidas em meu nome
Zombo do destino que ceifa minha existência
Mil e uma paixões escorrem de teus lábios
Tuas palavras deslumbram a morte
Agora serva de tua persuasão
Tuas histórias nutrem minha alma
Em teu abrigo a vida se faz eterna
Em tua carícia está a imortalidade
Em tuas noites reina o desejo
Teu silêncio anuncia meu fim