Coração.
Não ouves
A voz da razão
Bate forte
Acelera,
Desconcerta-se
Falta-me ar.
Serra-me os olhos
Os pensamentos
Saem de mim
Para encontrar
Um olhar
Que num relance vi
Eram azuis
Da cor do mar
Duas enormes lagoas
Uma menina em cada
A observar.
Brincando no centro a irís
Com um feitiço
Pronto para lançar
E acertou em cheio.
E tu coração
Que batia tão forte
Pareceu-me
Que ias enfartar
Mas não!
Parastes para depois acelerar
Acelerar tudo dentro do meu ser
Voltou à vida
E as sementes das flores
Semeadas, nasceram
Num repente mágico
As borboletas voltaram
Pois as flores exalaram seu perfume
E perfumaram a existência
Era a paixão chegando
Em sua carruagem de ilusões
Adentrando o centro do coração.
Iniciando a primavera de emoções.