SONHOS
Trago em minhas mãos,
Estranha sensibilidade que escoa,
E abala a minha estrutura
Quando os seus olhos relançam
Teus mistérios de mulher!
Esculpindo o teu corpo em sonhos
Com nuvens brancas de alfenim,
Sinto o ópio do teu beijo
Na aragem que abranda a alma
E em cada flor carmesim!
Os dias passam silentes
Na brevidade das horas,
E na ilusão do meu lirismo
Vejo a luz dos olhos teus
Em cada alvor das auroras!
No leito azul que te acolhe
Nas tuas noites de insônia
Quisera estar ao seu lado
Para ofertar-te as quimeras
Do meu amor que te espera.