No primeiro dia ela veio na brisa suave
Expressou um sorriso torto, picante
Foi embora veloz como uma nave
Como quem viaja no tempo sem norte.
 
No segundo dia ela veio com brilho no olhar
Parou, atentou pra mim e foi embora
Como quem tem presa, sem demora
Como quem sabia que não podia ficar
 
No terceiro dia ela veio por um instante
Vagou diante de meus olhos sua beleza
Deixou minha respiração célere, ofegante
Queria ficar, mas não tinha certeza.
 
No quarto dia ela veio, deu-me um beijo
Despertou minha vontade arquivada
Não deixou opção, acordou o desejo
Foi embora ligeiro sem me dizer nada.
 
No quinto dia ela veio e conversou comigo
Sem pretensão, qualquer vontade, anseio
Foi objetiva como quem fala com um amigo
Partiu como um raio parece até que não veio.
 
No sexto dia ela veio, sentou em minha cama
Encenou-se como uma mulher sensual, perdida
Desabafou um sentimento como quem ama
Não tinha certeza, não estava decidida.
 
No sétimo dia ela veio como quem quer ficar
Eu não estava, deitou em minha cama sem jeito
Expressou decepção, sentiu uma dor no peito
Ela não me deu motivo, não podia esperar.
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 12/08/2011
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T3156198
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