Vivam os tolos!
E viva o grande amor, dono das mentes loucas!
São tolos todos os amantes e sempre o serão.
E nestas conjecturas sobre o amor ao luar
Sou um rei tolo e tolo sou por amar.
Pois vivam os corações que palpitam de amor!
Teus ais são a mim a brisa de outono.
E vejo a brisa pelo bosque passando
Vendo a vida e os jovens e os beijos se amando.
Pois, então, que viva eternamente a loucura!
Este afã tam casto, tam puritano,
Tam mais belo e tam mais fundo!
O amor é a tolice dos jovens anos:
Atufo-me nele como o porvir no mundo!