O fim da manhã noticiava minutos finais
Observava você entre flores multicores
Pensei em frases para definir a cena
Mas todas foram ditas por trovadores.
 
Queria achar uma forma de falar de amor
Mas não sabia me expressar como devia
Queria te dizer o tamanho da minha dor
Mas minha alma disfarçava, não queria.
 
Teus olhos espalhava beleza no jardim
Dividindo com a luz do sol a grandeza
Parecia que plantas e flores se nutriam
Renascendo a vida, toda a natureza.
 
As palavras continuavam sobrepujadas
Como se não houvesse acionadores
Estivessem mortas ou aconselhadas
Para não revelar meu amor, dissabores.
 
A despedida era inevitável e esperada
Seu casamento prenunciava a noite
Não havia ocasião que o tempo ofertou
Meu coração agora se abatia em açoite.
 
Esperei tempo demais para ofertar meu amor
Subestimei as razões, meu coração, os sinais
Agora você estava indo para outros braços
Como quem caminha sem volta, em paz.
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 03/08/2011
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