As doze núvens

O som dos tambores me leva ao encontro

No alto dos montes vejo-me soberano

A Lua a meu lado fornece-me o poder

De joelhos, ergo meus braços aos céus

Deixo a chuva molhar minha carne

Vendavais correm enlouquecidos a beijar minha face

Sinto o júbilo dos trovões

Hoje torno-me senhor de meus deuses

Meus gritos ecoam pelos vales

Vejo anjos caírem dos céus

Anunciam o fim de minhas forças

Doze nuvens apagam a Lua

Caem os pilares de minha existência

Sinto o poder escorrer por meus olhos

Ventos amargos sopram meus ouvidos

Agora meu corpo desce pelos montes

Cada pancada é um erro cometido

Cada minuto me faz ficar mais longe dos céus

Minutos de glória, transformam-se em horas de sofrimento

Meu corpo repousa no silêncio, onde a vida se torna ausente

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 02/08/2011
Reeditado em 02/08/2011
Código do texto: T3134412
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