O que fora?

O que fizestes comigo, ó donzela?

O que fizestes p’ra deixar-me assim?

Tu és dos lírios o lírio, ó minha bela,

Qual feitiço lançastes em mim?

Quando o mundo eu olho, ó donzela,

Penso em ti comigo enfim!

E ao pensar na tua fronte, ó minha bela,

É um edênico momento, é sim!

Tu és a miragem, ó donzela!

A salvação do viajor ao fim

Da infinda jornada, ó minha bela,

Nos desertos co’a cor de marfim.

Os teus lábios de mel, ó donzela,

São um encanto, uma dádiva! Oh, sim!

Se soubesses o quanto os quero, ó minha bela,

Verias o que sinto por ti até o fim.

Por quê? Por que não podes, ó donzela,

Assim ficar tam perto de mim?

Tua beleza é qual a musa, ó minha bela:

Inspira-me a alma a escrever-te assim!

Oh! O que fizestes comigo, ó donzela?

O que fizestes p’ra deixar-me assim?

Tu és das beldades aquela, ó minha bela,

Que enfeitiça-me o corpo e a alma até o fim!

Phillip Oak
Enviado por Phillip Oak em 31/07/2011
Código do texto: T3130375
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