Cruzadas

Cimitarras em riste luzidias;

Frias lâminas os fluidos vazando.

Nefando embate por ermos travado;

Malfadado o cor do segrel sem norte.

Forte não há que à hárpaga resista;

Benquista é a paixão além dos muros.

Púrpuros lábios o elixir rorejam;

Arpejam os amantes ao evo juras.

Maduras vestais sem pejo almejadas;

Fadas aos beijos de cândidos zéfiros.

Suspiros furtam-se em arroubo destas.

Gestas iluminadas pelas eras;

Quimeras ao sabor de insossos átimos.

Mimos perpetuados sem amarras.

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 26/07/2011
Código do texto: T3119087
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.