Solilóquio

Àquela que habita o cerne inane

em meu peito: sem nome, nem etnia,

alinhavada n’arcabouço informe,

atados tão somente pelo anelo

em consubstanciar o excelso amor;

dois espíritos símeis, cuja flama

rutilante, jamais obliterada,

crepita de permeio à solidão.

Tantas pessoas em vários lugares...

como hei de encontrá-la neste mundo

se o amanhã é efêmero e inconstante?

Minha jornada é longa, eu bem sei...

gladio por alguém em quem acredito;

destarte, sigo adiante e sem receio!

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 20/07/2011
Reeditado em 17/03/2019
Código do texto: T3106274
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