Solilóquio
Àquela que habita o cerne inane
em meu peito: sem nome, nem etnia,
alinhavada n’arcabouço informe,
atados tão somente pelo anelo
em consubstanciar o excelso amor;
dois espíritos símeis, cuja flama
rutilante, jamais obliterada,
crepita de permeio à solidão.
Tantas pessoas em vários lugares...
como hei de encontrá-la neste mundo
se o amanhã é efêmero e inconstante?
Minha jornada é longa, eu bem sei...
gladio por alguém em quem acredito;
destarte, sigo adiante e sem receio!