FALANDO DE AMOR

FALANDO DE AMOR

Essa coisa incontida,

que me desarma,

me desinquieta,

sana as feridas,

alegra o karma,

o alvo e a seta,

bambeia as pernas,

dá um frio na barriga,

vertigosa vertigem,

se pensa que é eterna,

alucina e intriga,

me faz criança feliz,

saudar a lua,

dialogar com gatos.

Não me mata por um triz,

te imagino bela e nua,

com poderosos saltos,

leve, livre, linda,

amor latente,

voce, meu presente,

mais amada ainda,

tinge meu viver,

embriaga-me tal ópio,

seu perfume nativo,

tem tudo a ver,

seu jeito próprio.

Sinto-me cativo,

pelo zênite a voar,

inspiração santa,

deixe tocar

a música que te encanta,

a chuva provocante,

mão arredia;

destreza impressionante,

toques de classe,

pecado capital,

percorre todas suas vias,

da mágica, um passe,

se perde na praça central!

[gustavo drummond]