DE TEU AMOR SOU CATIVO

Meu amor, que me tens cativo,

e que me cercas de louvores tais,

tuas palavras dão-me incentivo,

para que enfrente os vendavais.

Sem ti seria pouco mais que nada,

ser recluso, de seu próprio ser,

sem ter golpe de asa nem espada,

que me levasse a ver o amanhecer.

Em cada palavra tua um sol renasce,

nos teus e nos meus olhos incide,

e da minha mão há um rio que nasce,

e vai para o mar, que tudo decide.

Os teus gestos férteis e generosos,

dão-me o alento que vêm co o amor,

nos meus caminhos mais temerosos,

desnudo os medos e qualquer dor.

Mulher e amante cheia de graça,

são teus lábios a minha perdição,

são eles, e não outros, tudo que faça,

de meus poemas o terno coração.

Minha musa amada, teu esplendor,

é como os lindos jardins a florescer,

pois é neles que deixo todo o amor,

que te tenho, em cada alvorecer.

E assim prossigo este meu caminho,

contigo de mãos dadas, par a par,

amo, escrevo, e avante é que sigo,

por ti, meu amor, este meu amar.

Jorge Humberto

08/07/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/07/2011
Código do texto: T3083048
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