Não sei como chegar até você
Não tenho como fazer sinais
Não posso ir até você e discorrer
Estou nos meus tempos finais.
 
Depois de tantas declarações
Da certeza de teu amor válido
Queria corresponder tudo hoje
Resgatar o momento perdido.
 
Mas como tinha medo da procela
Desfazia do sereno conciso e manso
Confiava em minha armadura móvel
Riscava ruas e estradas pomposo.
 
As flores que levava estão espalhadas
A curva úmida legou seus perfumes
Parece castigo do destino algoz
Não era intenção, não tinha costume.
 
Sei que me espera ansiosa e feliz
Com teu amor que supera obstáculos
Lembro-me de teu conselho sincero
Mas estou entre a luz e o crepúsculo.
 
Entre os destroços retorcidos e frios
Meu corpo úmido está paralisado
As cintilas de meus olhos apagam
É impossível resgatar o passado.
 
Espero que alguém leve a imagem
Do meu semblante pensado em você
Minha crença talvez agora se revogue
E alguém transmita todo meu querer
 
Talvez não te conforte esta mensagem
Talvez não queira acreditar no mensageiro
Talvez tenha esperado demais para ser...
O amor de sua vida por inteiro.
 

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 04/07/2011
Reeditado em 06/07/2011
Código do texto: T3074361
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.