Lavando a alma

Vestindo a escuridão,

Penetra-se n’alma um pavor da solidão,

Sozinho mas acompanhado,

Um amor perdido e desolado,

Vestindo a solidão,

Sente-se na carne a dor da desilusão,

Bem perto do descrito,

Mas de sonhos prescritos,

Vestindo a desilusão,

Mas com resquícios da paixão,

Amargurado pela idade,

Já tão cansado por tanta saudade,

Vestindo a paixão,

Mas num ato absoluto volta-se à razão,

Doravante será sempre assim,

Nunca em flagelos, chega-se a um amor enfim.

Eduardo Gragnani 2007

Eduardo Gragnani
Enviado por Eduardo Gragnani em 15/06/2011
Código do texto: T3035617