Lavando a alma
Vestindo a escuridão,
Penetra-se n’alma um pavor da solidão,
Sozinho mas acompanhado,
Um amor perdido e desolado,
Vestindo a solidão,
Sente-se na carne a dor da desilusão,
Bem perto do descrito,
Mas de sonhos prescritos,
Vestindo a desilusão,
Mas com resquícios da paixão,
Amargurado pela idade,
Já tão cansado por tanta saudade,
Vestindo a paixão,
Mas num ato absoluto volta-se à razão,
Doravante será sempre assim,
Nunca em flagelos, chega-se a um amor enfim.
Eduardo Gragnani 2007