SE ME PERDOARES SEREI FELIZ

Não penses que de ti me esqueci,

que olvidei teu nome, tua presença,

eu apenas às vezes não sei de mim,

e a tristeza que me invade é sentença.

Em minha consideração tu estás,

sempre presente nos meus momentos,

em tudo que eu faça, tu és e serás,

razão evidente de meus pensamentos.

Como posso, quem eu amo, esquecer,

se de ti me vivo, sonho e penso,

como se fora um juízo a se prever,

ao qual mui orgulhosamente pertenço?

Razão de meu viver, é a tua pessoa,

qual o rosto não esqueço, tamanha beleza,

nem quando te vi, o que em mim ressoa,

o momento que não fora de estranheza.

Daí para cá a lonjura nos enobreceu,

conversamos e noivamos demoradamente,

e a distância ingrata, se nos esqueceu,

vivíamos a espaços apaixonadamente.

Perdão não há, a quem se estranha,

e de silêncios se comunga e se esquece,

terá da vida só aquilo que amanha,

e tudo à sua volta enfraquece e fenece.

Jorge Humberto

11/06/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 11/06/2011
Código do texto: T3027900
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