Mar de fogo
O vento, traz o doce perfume latente no ar
Torna a existência onipresente
A lua, reflete a alma à caminhar pela noite
A chuva, purifica o pecado e faz pura a carne
Num sopro aveludado chocam-se os galhos
No tocar se sente a textura do musgo da faia
Na ausência, desejos contemplam a alma
O criador repousa em silêncio
O fim dos tempos se aproxima
A ausência da fé se torna constante
O sol derrama suas lágrimas sobre o mar
Velejarei sobre a lava, sem nunca saber para onde ir
Serei uma criança com olhos sonhadores
Contemplando a fúria que vem dos montes
Sussurrarei para as estrelas
Palavras caladas em meu interior
Me despeço de meu deus, já com o corpo em chamas
Me despeço da vida, já com a alma aos céus
Minhas lágrimas já não mais escorrem
Pois vejo à minha frente tua suntuosa face