Mar de fogo

O vento, traz o doce perfume latente no ar

Torna a existência onipresente

A lua, reflete a alma à caminhar pela noite

A chuva, purifica o pecado e faz pura a carne

Num sopro aveludado chocam-se os galhos

No tocar se sente a textura do musgo da faia

Na ausência, desejos contemplam a alma

O criador repousa em silêncio

O fim dos tempos se aproxima

A ausência da fé se torna constante

O sol derrama suas lágrimas sobre o mar

Velejarei sobre a lava, sem nunca saber para onde ir

Serei uma criança com olhos sonhadores

Contemplando a fúria que vem dos montes

Sussurrarei para as estrelas

Palavras caladas em meu interior

Me despeço de meu deus, já com o corpo em chamas

Me despeço da vida, já com a alma aos céus

Minhas lágrimas já não mais escorrem

Pois vejo à minha frente tua suntuosa face

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 06/06/2011
Reeditado em 24/07/2012
Código do texto: T3018482
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