POETA IMPOSTO

Nunca fui um poeta marginal;

fiz meu mundo e me fiz a sua essência;

tive minha decência muito minha

e ninguém me pegou em suas malhas...

Dei aos versos que fiz, dou aos que faço

as melhores roupagens; panos finos;

o melhor do que sinto; penso e sou;

do que sempre arbitrei como verdade...

Pelas ruas do quanto já vivi,

fiz a lei se adequar ao meu versejo;

meu desejo foi ordem literária...

Enganei os poetas de milícias,

invadi seus quarteis arcadianos

e tomei o respeito sonegado...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 05/06/2011
Reeditado em 06/06/2011
Código do texto: T3016235
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