Ao acordar observei teu sono ligeiro
Parecia que sonhava com anjos no céu
Teus cabelos soltos sobre o travesseiro
Fulgia a consumação do desejo saciado
E me fazia dono do mundo inteiro.
 
Teu cheiro, teu jeito, teus lábios que insinua
Invadia meu quarto, minha vida, meu peito...
Parte de teu corpo que ladeava os lençóis
Mostrava as curvas suntuosas, estradas nuas,
Fazia segredos, tirava o tédio, domava meu leito.
 
A prisão o qual não tinha vontade de evadir
Era gradeada com teus braços e amplexos
Vigiado por teus olhos de medusa, influentes
E o desejo que achava nunca não ter domínio
Estava contido, dominado, sem complexos.
 
Teus olhos foram acompanhando o dilúculo
Trazendo todo brilho, pureza, um paraíso
Meu pensamento voou, ganhou sol, a lua
Fiquei sem jeito, estava de novo confuso
Não me sentia senhor do mundo...

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 31/05/2011
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