SEREI EU O TEU OMBRO
Serei eu o teu ombro em noites de insónia,
o peito que tu colhes quando o choro vem,
o silêncio que não deixa entrar a ignomínia
nem o mal trato quando tudo parece bem.
Serei eu os teus olhos na noite mais escura,
o canto de sereia que apela pelo teu nome,
o respeito que te devo, todos os meus dias,
e o teu apetite quando te der a subtil fome.
Serei eu a tua força e a tua gana para viver,
abraçada a meus braços só jardins tu verás,
e, desfalecendo, levantar-te-ei novamente,
comigo a teu lado e se preciso for irei atrás.
Serei eu o bordão, que seguirá o teu passo,
o dom de entender, quando tu te duvidas,
e a palma de tua mão acolhendo o coração,
suave ela será, perfazendo as nossas vidas.
Jorge Humberto
30/04/11