SEREI EU O TEU OMBRO

Serei eu o teu ombro em noites de insónia,

o peito que tu colhes quando o choro vem,

o silêncio que não deixa entrar a ignomínia

nem o mal trato quando tudo parece bem.

Serei eu os teus olhos na noite mais escura,

o canto de sereia que apela pelo teu nome,

o respeito que te devo, todos os meus dias,

e o teu apetite quando te der a subtil fome.

Serei eu a tua força e a tua gana para viver,

abraçada a meus braços só jardins tu verás,

e, desfalecendo, levantar-te-ei novamente,

comigo a teu lado e se preciso for irei atrás.

Serei eu o bordão, que seguirá o teu passo,

o dom de entender, quando tu te duvidas,

e a palma de tua mão acolhendo o coração,

suave ela será, perfazendo as nossas vidas.

Jorge Humberto

30/04/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 30/04/2011
Código do texto: T2940300
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.