APAIXONADA

O bom senso que me habita por Condescendência,

e ainda não fez minha alma emudecer.

Delegou a ti a indescritível incumbência;

de me amar, sem me fazer sofrer.

Eu, que não atrevo a me fundir em teu corpo,

sem antes esse acordo firmar.

Meu coração acostumado com desgostos,

nao quer subterfúgios escutar.

Mas eu me deleito em suaves riscos,

sem nada ao meu coração avisar.

Eis que o sentimento passa desapercebido,

e emerge quando estou a ponto de naufragar.

Mas eu não amo com distração,

e nem com a alma despreocupada.

Mas ao amor não consigo dizer não,

e quando percebo, já estou apaixonada.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 27/04/2011
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2934810
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