Claustro

Em teus encantos encanto-me incessante

E me busco a te encontrar no horizonte

Se na pétala te encontras tão caída

Levanto-te em meus braços condoída

Acalmando-te me acalmo neste instante

Não, não quero ter-te pura e simplesmente

És doçura como mel incandescente

Que me arde neste fogo que me invade

No afã de um derírio qual beldade

Pois, tão bela, tu me deixas tão dormente

Embriago-me em teus beijos loucamente

Se me enlaças em teus braços docemente

Não me engano por não ter-te do meu lado

Sei te escondes no desejo enclausurado

És meu claustro se te sinto então presente

Mas te tenho como sonho delirante

Mesmo estando meu amor de ti distante

Eu te levo para onde eu quiser

Não te deixo se afastar de mim, mulher,

Pois tu vais dentro de mim, amor pulsante

E assim eu te levo ao horizonte

Ver o mar, a lua, o céu com diamante

Que és tu, por teu brilho, minha estrela

Sei te encontro do meu lado só por vê-la

Tua luz é meu farol, me guia à noite...

Não te oculto em meu peito latejante

Nem te esqueço se me deixas descontente

Pois contento em amar-te do meu jeito

Se tu fazes quem te ama a ti um pranto

Derramar, pois te tenho eternamente