OLVIDAR-TE JAMAIS

Por muito que eu tente esquecer-te

ser do olvido, da memória perder-te

não há como, eis mitigar o teu amor

se pra mim foi sempre leve estertor

Um estertor que não era moribundo

era pois mais uma pompa do mundo

que nós curtíamos com mui elevação

nossos beijos, trocados com emoção

E com circunstância, fazíamos festas

rebolávamos no chão (bem atestas),

até o dia se fazer noite, e, cansados,

regressar ao nosso ninho, estafados

Tudo isto é esplendor subtil vivência

que não dá para olvidar na anuência

e, que os outros, exercem sobre nós

como se fossemos partículas de pós.

Jorge Humberto

23/04/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/04/2011
Código do texto: T2925884
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