O TEMPO

José Ribeiro de Oliveira

Os dias parecem iguais quando estamos envolvidos pela rotina ou pela ansiedade da vida, não tendo paciência para ver a singularidade que cada um deles trás. E ainda que de diferente nada trouxesse, e servisse tão somente pelo número que representa, mesmo assim seriam singulares. Já se passaram tantos, na tua vida, embora estejas apenas começando. Já se passaram tantos, na nossa vida, também embora esteja apenas começando. Certo é que, a cada dia que passa, esperamos estar mais perto de concretizarmos os nossos desejos, os nossos sonhos, e isto é real, assim como é real que a cada dia que se vai, deixa em nós uma lição, uma experiência, um engrandecimento pessoal. Os dias, constituídos de horas e seus fragmentos, é que formam o tempo. O tempo senhor de tudo. O tempo que nos aproxima do que desejamos, o tempo que nos afasta das tristezas e angústias, o tempo que cura, o tempo que faz esquecer, o tempo que deixa saudade, o tempo que se espera que passe, o tempo que se pede para chegar, o tempo para plantar, o tempo para colher, o tempo para sorrir, o tempo para chorar, o tempo que se dar ao próprio tempo, para que no devido tempo se possa realizar. Ora o tempo é inimigo, ora tempo é aliado, mas seja qual for o tempo, está sempre ao nosso lado. O tempo pode ser presente, o tempo pode ser futuro ou o tempo pode ser passado, mas o único tempo que vivemos é o tempo presente. Assim, não podemos fazer o tempo, mas podemos fazer no tempo, o que o próprio tempo permite. Fora do tempo é intempestivo, é irregular, é atemporal. O tempo é precioso, e ora se apresenta com sensação de eternidade, ora nos faz sentir tão fugaz, mas uma coisa é relevante te dizer, quanto mais o tempo passa, mais me faz amar você.

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 17/04/2011
Reeditado em 18/04/2011
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