AMANDO A SÓS

Nas minhas noites insones espero por ti

e ando solitário, sem nem saber de mim

no quarto obtuso e deveras deprimente

onde me sinto completamente doente.

Doença chamada amor, sem clemência

deixando-me neste estado de demência

por sentir em tudo o teu cheiro intenso

e que meu olfacto detecta no ar imenso.

E a noite prossegue sem a tua presença

como uma má sorte ditando a sentença

de que tu não virás e eu serei sempre só

como se fora um pássaro ferido sem dó.

Fumando cigarro após cigarro vislumbro

a manhã que chega e eu não deslumbro

a luzente luz que emana vinda lá de fora

nem o teu semblante que em mim mora.

Jorge Humberto

16/04/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/04/2011
Código do texto: T2912331
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