AMOR À LUZ DA LUA...
Enquanto a noite se escondia,
surgia a Lua, meio que envergonhada
dos nossos atos de amor.
Prateava todo o horizonte.
E vinha com tal brilho, que o nosso amor
se emancipava entre sombras de carinhos.
Espreitando o horizonte azul cobalto,
pouco via eu, naquele torpor que o momento
criava em nossos seres.
Parecia que a Lua, comparsa dos amantes,
fingia nada ver, embora fosse crescente
seu olhar de noite.
Não havia tempo e o espaço era
aquele exíguo que nos colava os corpos.
Só os nossos corações disparados
e o nosso respirar de afogados
é que maculavam o silêncio daquela noite única.
E que noite! Que Lua! Que dizer do amor?